O colar de âmbar tem sido popular entre pais que buscam aliviar o desconforto da erupção dos dentes em bebês. Mas será que ele realmente funciona? E mais importante: é seguro? Neste artigo, vamos explorar as evidências científicas e as principais recomendações de segurança para quem pensa em usar esse acessório nos pequenos.
O que é o colar de âmbar e por que é utilizado?
O colar de âmbar é feito de resina fossilizada, geralmente retirada do Báltico. Acredita-se que, quando o âmbar entra em contato com a pele, ele libera ácido succínico, uma substância supostamente com propriedades analgésicas e anti-inflamatórias. Essa promessa tem atraído pais que buscam aliviar o desconforto dos bebês durante a dentição.
O que dizem as evidências científicas?
Embora a ideia seja atraente, não há evidências científicas robustas que comprovem a eficácia do colar de âmbar para aliviar a dor da dentição. Estudos sobre o tema são escassos e inconclusivos, e não existe consenso na comunidade científica de que o ácido succínico seja liberado em quantidade suficiente para ter algum efeito analgésico quando o colar é usado na pele.
Mais preocupante ainda são os riscos à segurança. As principais organizações de saúde, como a American Academy of Pediatrics, alertam sobre o perigo de asfixia e estrangulamento. Colares, pulseiras ou qualquer acessório usado ao redor do pescoço de bebês e crianças pequenas podem representar um risco, especialmente se forem usados durante o sono.
Recomendações de cuidados
Se os pais optarem pelo uso do colar de âmbar, é fundamental seguir algumas recomendações de segurança:
- Supervisão constante: O colar nunca deve ser usado enquanto a criança estiver dormindo ou sem supervisão.
- Ajuste adequado: O colar deve ser ajustado corretamente, evitando que fique muito solto ou muito apertado.
- Opções de substituição: Em vez de colares, considere alternativas seguras e eficazes para o alívio do desconforto da dentição, como mordedores refrigerados ou massagem gengival.
Embora o colar de âmbar seja popular, é importante que os pais priorizem a segurança e estejam cientes da falta de evidências científicas que comprovem sua eficácia. Se você está preocupado com o desconforto da dentição do seu filho, consulte um odontopediatra para orientações seguras e baseadas em ciência.
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